Após uma semana conturbadíssima (pré aniversário) permitam-me ser enxuta no post – realmente o tempo foi pouco para fazer e planejar tudo o que deveria ser feito e planejado. Mas de qualquer forma, não foi completamente nula em termos de ações positivas: pelo segundo ano consecutivo troquei a possibilidade de receber presentes de aniversário por doações de ração animal, a serem doadas a uma associação protetora. Pedi aos amigos que ao invés de gastar tempo procurando presentes diferentes ou caros – que nem sempre são apreciados na mesma proporção do trabalho que deram – me dessem pacotes de ração, que eu me encarregaria de fazer a doação.
Foi recompensador, as contribuições somaram mais de 20 kg e o retorno que vou receber quando entregar os pacotes às tratadoras nenhum presente comprado poderia me dar: a sensação de se sentir útil e ajudar. Há quem questione o auxílio a cães e gatos com a pergunta “Por que ajudar animais e não uma criança?”. Eu respondo com mais algumas perguntas: Por que uma criança e não um velhinho? Ou um paciente terminal, ou um deficiente físico??
As causas são infinitas, diariamente novas demandas por ajuda surgem de todos os lados e, assim como é impossível atender à todas, é praticamente impossível não se envolver com nenhuma. Ah, e para quem não sabe como funciona defender uma causa, segue a dica: não basta escolher uma, você tem que ser escolhido por ela. É como se fosse uma convocação.
Semana que vem vou reunir os pacotes e levar até o campus do vale, onde anjos disfarçados de gente seguram as pontas da nossa negligência e descaso para com os animais, recolhendo e tratando aqueles que foram abandonados e mal tratados... por nós.
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